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segunda-feira, 24 de março de 2014


          Na "Semana da Leitura",  todas as turmas do 6º ano fizeram trabalhos sobre poetas do século XX. A nossa turma escolheu  pesquisar sobre  Luísa Ducla Soares e Manuel Couto Viana.
          Na nossa turma foram escolhidos alguns poemas.  Aqui vão algumas delicias de Luísa Ducla Soares:
          
          Casamento

          Casei um cigarro
          com uma cigarra
          fizeram os dois
          tremenda algazarra 

          Porque o cigarro
          não sabe cantar
          e a cigarra 
          detesta fumar                                                                                                                
         Não digam que errei
          (mania antipática!)
          só cumpri a lei
          que mandava a gramática

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         Viva o desmazelo
         
         Viva o demazelo:´
      A roupa no chão,
         Os livros na cama,
         As meias furadas,
         No forno os sapatos,
         Na pasta o pijama,
         À mesa seis gatos,   
                                    
         Caderno sem folhas,
         Tinta na carpete,
         Espetado num bolo,
         Está o canivete.

        Mas onde é que pus 
        Todo o meu dinheiro?
        Ai foi pelo cano
        Estava no banheiro...
        
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        Testamento do gato
        
      Ai,se um dia morrer
      Não quero ser enterrado
      Hei de ficar ao solinho
      Em cima do meu telhado

     Levem-me três carapaus 
     E um pratinho de leite 
    Comer sempre bons petiscos
    É o meu maior deleite
    

   Convidem três gatas pretas 
   Com unhas bem afiadas 
   Pois,mesmos de morto,
   Preciso de namoradas

   Ai,se eu um dia morrer
   Não,me façam despedidas
   Eu volto sempre de novo
   Que um gato tem sete vidas.
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   Agora, aqui vai um delicioso poema de Manuel Couto Viana:
 
A galinha engripada
 A Galinha,
 coitadinha!
 tem sintomas graves
 de gripe das aves.
 Não canta: está rouca,
 e cobre-se de roupa.
 Hora a hora, espirra
 (irra! irra! irra!).
 Fala à sobreposse:
 (tosse! tosse! tosse!).
 Tão doente fica
 que nem depenica.
 Anda o galinheiro
 num grande berreiro,
 temendo que ela
 lhe pegue a mazela.
 Médico afamado,
 o Mocho é chamado                                                  pra dar a sentença.
Todo empertigado, 
 diz que essa doença
 é só resfriado:
 nada que não vença
 um xarope doce
 que alivie a tosse
 e a rouquidão.
 – «Tome, não hesite,
que traz o apetite
pró milho e pró pão.
E coma a minhoca
que não a sufoca.
Mas tenha cuidado
com o agasalho.»
– disse o Mocho inchado.
E voltou ao galho.
Passaram uns dias
sem tosse e agonias,
Cacaracacá!,
a Galinha já
põe ovos e canta.
Tão limpa a garganta!
A saúde é tanta
que a todos espanta.
O Mocho do galho
fez um bom trabalho.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Minhas Leituras

Continuação do trabalho de grupo sobre "O Rapaz e o Robô" de Luísa Ducla Soares
    
No dia seguinte, o rapaz foi ter com o sábio para lhe pedir o robô. Chegando lá, fez-lhe o seguinte pedido:
- Eu quero um robô inteligente, que seja bom a matemática, seja igual a mim e seja bem-educado para não nos pegarmos.
- Pode ser, mas como é que um rapazinho como tu pode pagar um robô deste calibre ???- questionou o sábio que se chamava Milhouse Van Houten.
-Mas eu sou milionário! - disse ele, abrindo a mochila a abarrotar de notas.
- Eu acredito, mas vais ter de pagar adiantado - disse o Dr.Van Houten.
- Ok.- aceitou o João.
Depois de o sábio lhe tirar as medidas e gravar os pensamentos, garantiu que daí a um mês teria o robô pronto.
Um mês depois, o rapaz foi ter com o sábio para ir buscar o robô e ficou muito impressionado com os resultados.
O João estava nas suas sete quintas, até que os pais e os professores começaram a desconfiar que o verdadeiro rapaz não ia às aulas. Um dia, durante uma aula, a professora apercebeu-se que o João estava com os braços parados e perguntou-lhe:
- O que se passa, João?
- Nada… só dei um jeito aos braços – mentiu ele, que estava com os braços enferrujados.
- Então, acho que bem que trabalhes! - Ripostou a professora.
Ele não conseguiu fazer os exercícios, mas como tinha sempre um bocado de óleo no cacifo, pediu à professora para ir à casa de banho. Mas em vez disso, foi pôr óleo nos braços, coisa que tinha treinado fazer com os pés.
No dia seguinte, a professora foi falar com os pais do rapaz acerca dos seus hábitos de estudo e de trabalho, já que não tinha acabado de fazer os exercícios.
Depois dessa conversa, o João foi submetido a um rigoroso interrogatório e depois de muitas insistências dos pais, admitiu que tinha um robô e contou  todas a tropelias que o tinham feito chegar  àquela encruzilhada. Levou uma valente reprimenda e ficou de castigo até ao fim da sua vida.
Depois de tudo ter, aparentemente, voltado ao normal, o robô foi destruído por um elefante de circo que ia a passar. Ele ficou muito destroçado e, depois deste trágico acidente, fez das tripas coração para ter notas melhores e as negativas a matemática foram postas fora do mapa. Tudo acabou bem para todos menos para quem perdeu o dinheiro da mala de crocodilo que ninguém acabou por saber quem foi.




 

                        O Gigante Egoísta 
                          de Oscar Wilde
    Todas as tardes, quando vinham da escola, as crianças costumavam ir para o jardim do Gigante. Mas certo dia, o Gigante voltou e mandou as crianças embora. Zangado, disse às crianças que não podiam entrar lá, porque ele era muito egoísta e não queria que entrassem. Então,construiu um muro a toda a roda e afixou nele um aviso a dizer:
                       "É proibida a entrada
                        proceder-se-à contra
                        os transgressores "
    Dali a alguns dias, as crianças conseguiram entrar por um buraco. De seguida, apareceu a Primavera, porque os meninos começaram a brincar e a empoleirar-se nos ramos das árvores. Só num sitio persistia o Inverno, porque havia um menino que não conseguia subir à árvore.
    De repente,o gigante avistou esse menino e, comovido, foi ajudá-lo. O menino ficou muito agradecido e beijou o gigante, que ficou emocionado.
                                                                       O gigante envelheceu e as crianças cresceram, mas continuaram a ser grandes amigos.